1. As faltas de caridade tem frequentemente sua base no orgulho e na excessiva apreciação do próprio eu. É favorecida por verdadeira ou suposta superioridade corporal ou espiritual, pela inveja e pelo espírito moderno. A falta de caridade facilmente leva a se igualar aos superiores, desprezando os inferiores. Faz esquecer que o próximo representa a pessoa de Jesus Cristo, que o salvou e que o instituiu herdeiro do céu. Acaso ignoras esta lei? Amas a teu próximo como a ti mesmo? Sempre? A todos?
2. Em se tratando de negócio tão importante, examina o teu proceder com a devida seriedade. Não julgas nunca o proceder de teu próximo? Não supões nele, às vezes, más intenções? Não lhe exageras o mal e lhe diminuis o bem que faz? Nunca propagas o que sabes de mal a seu respeito? Nem na intimidade? És atencioso nas relações mútuas, pontual na correspondência, fiel nas promessas grandes e pequenas? Perdoas? Sempre? E tudo? Quantas vezes são incuráveis as chagas levianamente feitas por levantares um falso, ainda que em coisa pequena, ou por propagares o que outros te referiram! Torna-te, antes, por princípio e sempre, defensor corajoso de teu próximo. Se Deus recompensa o copo d’água dado ao sedento, que dará a quem defende a honra do próximo?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 17 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico