1. Jesus no presépio é objeto de inefável assombro. O Criador é alimentado e enfaixado por sua criatura. O Verbo eterno não fala, soltando apenas os vagidos próprios duma criança. Quem sustenta o mundo, tem os bracinhos fracos, as pernas vacilantes. A Sabedoria incriada parece ignorante; a Onipotência divina – inerme, a Autoridade suprema – de extrema dependência. Poderá haver maior humildade?… durante longos anos? E por quem tudo isso? Não te impõe deveres sagrados a gratidão?
2. Jesus, no presépio, trabalha por nossa salvação. Ligado com as faixas, apresenta-se vítima ao Pai. Reza, ao oitavo dia derrama seu sangue na circuncisão, sujeita-se à humilhante fuga para um país distante e bárbaro. ão satisfeito, estende-se seu zelo, seu amor, sua satisfação por todos os países e por todos os séculos. Se Jesus tivesse vindo revestido de sua divina majestade, talvez tivesse inspirado temor. Vem, porém, criança, para que o amem. Passarás indiferente diante de tantas provas reais de amor?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 31 de março de 2025 por Arsenal Católico