Propagandistas do erro – Parte 1: Que são os emissários protestantes ?

Que são os emissários protestantes ?

Um amalgama de três coisas detestáveis: ignorância, soberba e turbulência.

Arvoram-se em mestres de religião, sem que tenham procedido ao mínimo estudo desta ciência. Todo o seu preparo consiste no conhecimento de alguns versículos da Bíblia – que entendem às avessas – e de meia dúzia de tolices que algum embusteiro lhes infiltrou na cabeça. E com essa bagagem ridícula aqui os tendes como improvisados mestres, atacando estupidamente o que, por inteiro, ignoram: a Igreja, o Papa, os Bispos, o Clero, os dogmas católicos, as leis eclesiásticas, o culto da Virgem, dos Santos, das imagens, etc. Papaguear é o seu mister, porque quase nada sabem, nem outra coisa podem fazer senão recoser calúnias, remendar chatices, expectorar blasfêmias e… recolher o triste soldo com que são estipendiadas as suas mentiras e pagos os seus serviços de descristianização.

Alguém dirá que nem todos têm um preparo tão deficiente. Pode bem ser que tal se dê; mas esta outra classe é, em geral, constituída de infelizes que, por não saberem o que fazer, se meteram a ministros protestantes, para assim ganharem a vida. Estudaram um pouco mais do que os seus colegas de albarda, dos quais já fizemos referência; aprenderam mais alguns trechos da Bíblia, e decoraram maior número de sofismas, já mil vezes pulverizados. Perlustram agora cidades, vilas e aldeias, por toda a parte vociferando contra tudo e contra todos, em nome de uma ciência que nem de longe vislumbraram. Não levam sobre os primeiros grande vantagem esses ilustrados mestres do protestantismo.

Há, finalmente, uma terceira classe, pouco numerosa , é verdade, porém mais irrequieta e turbulenta. É a dos padres apóstatas, os quais, depois de violarem os seus mais solenes juramentos, e sumamente ingratos à Igreja que os educou – muito provavelmente à sua custa – , se bandearam para o protestantismo, e contra a Igreja voltaram as suas armas, renovando a façanha já multisecular do desgraçado Iscariotes.

Tendo feito os seus estudos nos seminários, não se pode dizer que, pelo menos alguns, careçam de preparo. Mas foi, porventura, a ciência adquirida que os encaminhou para o protestantismo? Nem por sombras! Arrastaram-nos eles à vergonhosa apostasia as próprias paixões. Imitadores dos costumes perversos de Luthero, Zwinglio, Calvino e quejandos corifeus do protestantismo, era evidente que até o fim lhes seguiriam as pegadas. Despiram. pois, a batina, envergaram escandalosamente o fraque, e, resvalando sempre mais abaixo, vieram dar aonde miseramente estão.

Atingidos muito justamente pelas graves censuras da Igreja, votam-lhe ódio mortal, e cientes embora de que tudo quanto lhe a ela assacam é apenas um acervo de mentiras e calúnias infames, quando não horrendas blasfêmias, nem por isso ousam calar.

Esses, os dignos apóstolos do protestantismo.

Proclamam-se ministros. Quais as suas credenciais? Quem os enviou? De quem receberam o mandato?

Podemos nós, ministros sagrados da Igreja católica provar a nossa missão. Quem nomeou o nosso pároco foi o Bispo; quem nomeou o nosso Bispo foi o Papa, o qual, por meio dos duzentos e sessenta e quatro predecessores seus, remonta, como já fizemos ver, até ao primeiro, que foi São Pedro, diretamente nomeado pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Graças, portanto, a esta união com o centro da Igreja, à submissão e obediência que prestamos ao representante augusto de Jesus Cristo na terra, e legítimo sucessor de São Pedro, do qual recebemos os poderes inerentes à nossa missão, podemos apresentar-nos quais autorizados ministros de Deus.

Façam o mesmo os pseudo-ministros do protestantismo. Provém a sua missão. Mostrem os seus títulos. Ponham à vista as suas credenciais. A quem representam? Quem os mandou? Nunca responderam nem jamais poderão satisfatoriamente responder a esta pergunta, porque, de fato, não têm o que responder. E se o próprio título de ministros que a si mesmos se arrogam é uma usurpação, um deslavado palão, não vos será difícil imaginar, Filhos caríssimos, se pode ter visos de verdade o mais que afirmam.

A Propaganda Protestante e os Deveres dos Católicos, Carta pastoral, Dom Fernando Taddei da Congregação da Missão, 1929.

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