1. Também na estrada ao céu há desvios e rodeios. Ai de ti, se a quiseres trilhar sem condutor que te guie e que, ao caíres, te levante. Tal condutor é o confessor. Ainda que seja indiferente quem te dê a absolvição dos pecados, uma vez que tenha poder para isso, não é indiferente como ele te guia e como tu te deixas guiar. O sacerdote não é só juiz, mas também médico e conselheiro. Quem não compreenderá quanto, como tais, diferem uns dos outros! Que importante papel, o do confessor! Com o médico e conselheiro trata-se só de interesses passageiros; com o diretor espiritual, porém, tem de se tratar de interesses eternos.
2. a) Se tiveres livre escolha do teu diretor espiritual, visa unicamente o bem de tua alma. Em todo o caso deves, frequentemente, pedir para teu confessor a luz celestial, para que ele te possa guiar bem, e a necessária energia, para que seja franco e resoluto contigo, ainda que isto se torne custoso. Das orações oferecidas pelo confessor, tu mesmo terás a maior vantagem.
b) Se queres teu progresso verdadeiro, não te limites a acusar teus pecados, mas expõe com confiança e sinceridade todo o estado de tua alma. Se pouco progrediste, não foi talvez por falta de sinceridade? Receaste aparecer aos olhos do confessor, tal qual és?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 10 de janeiro de 2025 por Arsenal Católico