Amadíssimo Jesus meu, meu Salvador e Juiz, quando vierdes a me julgar, ah! por piedade não me condeneis ao inferno. Nessa negra prisão, não vos poderia amar, mas odiar-vos sempre; como, porém, odiar-vos, se sois tão amável e tanto me haveis amado? Se quereis condenar-me ao inferno, concedei-me ao menos a graça de vos amar de todo o meu coração. Não mereço esta graça por causa dos meus pecados; mas se a não mereço, para mim a merecestes, pelo sangue que derramastes com tanta dor na cruz. Numa palavra, ó meu divino Juiz, infligi-me todas as penas que quiserdes, mas não me priveis da faculdade de vos amar. Mãe de meu Deus, vede o perigo que corro de ser condenado a não poder mais amar o vosso adorável Filho, que merece um amor infinito: ah! vinde em meu socorro, tende compaixão de mim.
As Mais Belas Orações de Santo Afonso, Coordenadas pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista e vertidas para o vernáculo por D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes, 1961.
Última atualização do artigo em 22 de março de 2025 por Arsenal Católico