1. “Sem oração“, diz São Boaventura, “não há progresso na virtude“. Ela é o que há de mais sublime; é um colóquio familiar com Deus, a ocupação dos anjos permitida aos homens; a vida do céu começada já na terra… É sumamente necessária; sem a oração não se satisfaz o preceito de Deus, nem se recebe o que é preciso para a salvação. Ela faz aumentar o amor a Deus, diminuir os pecados e santificar-se mais e mais. Dela principalmente vale a palavra: “Gostai e vede quão suave é o Senhor”. Experimentaste-o seriamente? Rezas como os Santos?
2. Convém examinar-te frequentemente sobre o modo de fazeres as tuas orações. Mal feitas, servem para tua maior responsabilidade; bem feitas, far-te-ão progredir na virtude em pouco tempo. Lembras-te, ao rezar, da presença de Deus? Evitas distrações voluntárias? Qual é a posição de teu corpo ao rezar? Interrompes, às vezes, o teu colóquio com Deus? E por que motivo? Examinas-te sempre no fim da oração para da outra vez rezares melhor? Por que te admiras dos poucos progressos no bem, se nas orações és um tanto indiferente? Só a amarás, se aprenderes a fazê-la perfeitamente. “Ensinai-me a orar, oh! Deus“, pede assim com os apóstolos.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 18 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico