1. A eternidade das penas do inferno é tão terrível que jesus muitas vezes repetiu esta verdade, para cortar qualquer dúvida. O encarcerado, o doente, o mutilado espera, se não por outro alívio, ao menos pela morte, como libertadora. O condenado jamais morrerá. Sua vida sem fim é suplício sem fim. A longa duração já por si é incômoda, até em diversões, espetáculos, músicas, etc., quanto mais ao tratar-se de dores, de uma incisão feita pelo médico, etc. No inferno o castigo é horroroso, as dores excessivas e a duração sem fim. Quem o aguentará?
2. Quanto durará a eternidade? Escreve um número de duas léguas de comprimento. Os condenados o lerão aos poucos, ainda que cada algarismo significasse milhares de séculos. Pergunta ao infeliz traidor de Jesus, Judas, quanto tempo já sofre, e quando, enfim, se livrará. Os 1900 anos passados são um momento, comparados com os que lhes restam ainda.
Sofrimentos sem fim, na mais abominável e repugnante companhia, sem um momento sequer de alívio – eis o castigo do pecado. Ainda o menosprezarás?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 13 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico