ESCOLHA DUM NOIVO (1)
P. – A que é preciso atender, em primeiro lugar, na escolha dum companheiro para toda a nossa vida?
R. – À Religião.
P. – Porquê?
R. – Porque o casamento, para os cristãos, não é apenas a união das vidas, mas a fusão das almas, fusão que não pode ser real e completa sem a comunidade de religião.
P. – Não basta que o jovem em vista tenha sentimentos religiosos, que não seja hostil À Religião?
R. – Não, isso não basta: será porventura a fé sem obras uma fé sincera?
Um católico que se não confessa, nem comunga, vive em estado de pecado mortal, e, assim, deixou de pertencer à alma da Igreja. Se morrer em tal estado, irá para o inferno. A donzela que pense na sua verdadeira felicidade, e queira unir-se a seu marido perante o Céu e a terra, só se casará com um católico praticante, e até (se for possível) com um católico que não tenha deixado de praticar os atos do culto antes do casamento.
P. – Não haverá intransigência em semelhante procedimento?
R. – É a intransigência dos santos. Santa Joanna de Chantal era instada por sua irmã para desposar um nobre gentil homem da sua vizinhança. Dispunha-se a dar o desejado consentimento, quando, através das grades do castelo, viu o jovem no momento em que levavam o Sagrado Viático a um doente. E logo gritou, indignada: “Não só não ajoelhou, mas nem sequer se descobriu: nunca será meu marido!”
Santa Joanna de Chantal repelia o gentil homem por uma simples irreverência; que faria ela se se tratasse dum jovem afastado das práticas religiosas.
P. – Mas porquê semelhante rigor?
R. – Porque um jovem que deixou de praticar os seus deveres de católico antes do casamento, mostrou por esse fato como era bem fraca a sua religião, visto ter sido bastante o primeiro sopro da paixão ou dos respeitos humanos para faltar às prescrições da sua consciência.
Ademais, a continuidade das práticas religiosas é para um jovem a melhor garantia da pureza dos seus costumes. Quantos homens poderão fazer suas estas palavras de François Coppée: “Francamente o digo: foram a crise da adolescência e a vergonha de certas confissões que me levaram a renunciar aos meus hábitos de piedade” (La bonne soufrance, Prefácio).
P. – E que fazer na falta de qualquer jovem que seja um fiel cumpridor das leis da Igreja?
R. – Que a donzela exija, pelo menos, do pretendente que se converta a sério antes do casamento. que fala uma confissão sincera, e não deixe, de futuro, nunca mais de praticar o culto. É o mínimo que lhe deve exigir.
P. – Um mínimo porquê?
R. – Porque uma jovem cristã, por coisa nenhuma deste mundo, deve desposar um jovem disposto a fundar uma família sobre a base horrível do sacrilégio. Porque é cometer um sacrilégio receber o sacramento do matrimônio em estado de pecado mortal, que é o lamentável estado do mancebo que não repara o passado por meio duma confissão sincera, ou não tem o propósito firme de praticar de futuro os deveres da religião.
P. – Mas não será preferível que a donzela trate do assunto – religião – depois de celebrado o casamento?
R. – De modo nenhum. Antes do casamento, a donzela terá as melhores probabilidades de vencer, se disser categoricamente ao seu pretendente: “É aceitar, ou nada feito. Só darei a minha mão e o meu coração a um católico praticante”. Com a graça de Deus, esta atitude clara e franca triunfará, a maior parte das vezes, das hesitações dum homem que supomos crente, honesto e leal, Folgará de provar a essa donzela, que ele ama, uma conversação de que ele próprio será o primeiro a beneficiar.
Após o casamento, a pobre menina perdeu todos os seus meios de ação. O grande passo está dado, e a cadeia fechada; e a prisioneira infeliz vai viver durante anos junto do seu senhor, incessantemente ofendida nas suas convicções religiosas, e em perpétuo conflito a respeito das questões mais graves que interessam à criação duma família e à educação dos filhos.
P. – Não obstante, acontece às vezes que a cristã convicta reconduz seu marido ás práticas religiosas?
R. – Sim, às vezes, sobretudo em vésperas de morte, mais raramente quando em estado de saúde. mas acontece também à jovem piedosa que se casa (e isto é frequente) na esperança de converter o marido sem religião, chorar a maior parte do tempo as suas ilusões desfeitas, sucedendo ainda muitas vezes ser o marido que a perverte a ela.
P. – Pode esclarecer estas últimas palavras?
R. – Confio esse cargo a uma pena autorizada: – “A escola conjugal, escreve Mgr. Gibier, é a mais persuasiva de todas, por ser de todos os dias e de todas as horas. E muito é de recear que o homem sem religião enfraqueça pouco a pouco e acabe por extinguir a religião da sua companheira. Começará por fazê-la abandonar as práticas elementares; depois, os deveres essenciais; em seguida os princípios, os sacramentos, o Decálogo, a Igreja; Jesus Cristo, o próprio Deus. Dentro em poucos anos, a piedade da esposa afrouxará; a sua fé ir-se-á apoucando e perturbando; apagar-se-ão as recordações da educação cristã recebida; a sua consciência como que se esfarrapará. Um belo dia, a mulher vê-se no mesmo nível do homem. E ei-los semelhantes um ao outro, sem práticas, sem crenças, sem esperança, como dois astros extintos, dois anjos fulminados. O homem que não tem religião arrisca-se muito a descristianizar sua mulher.” (La désorganisation de la famille, pag. 156).
P. – Mas que fará a donzela, se não encontrar um jovem praticante, ou que esteja disposto a sê-lo?
R. – Esta suposição não será tão frequente como poderá julgar-se, se os pais da donzela não se mostrarem muito exigentes sobre outras condições. O mal provém do fato de, muitas vezes, os pais quererem para sua filha um rapaz do seu meio, bem colocado, bem dotado e . . . também religioso, se for possível. Como é difícil de encontrar esse conjunto de qualidades, fazem de ânimo leve o sacrifício do que se lhes afigura secundário, ou seja a “prática da religião”.
Se tivessem a noção cristã, a norma do seu procedimento deveria ser diametralmente oposta, fazendo qualquer outro sacrifício relativamente à posição, ao nome, à fortuna . . . para assegurarem a condição essencial, indispensável, primordial: a prática da religião.
P. – Mas, enfim, pode dar-se ao caso, raro embora, de uma donzela não encontrar, apesar de todas as concessões legítimas de seus pais, o noivo sinceramente religioso que deseja. Em tal caso, que fará?
R. – Em semelhantes condições, tem-se visto valorosas cristãs renunciarem a um casamento híbrido, e resolverem-se a conservar a virgindade, preferindo isso a exporem a sua alma ao contato dum homem afastado de tudo aquilo que elas amam, e a fundarem uma família sem religião e sem culto. Deus recompensou-lhes essa resolução, dando à sua vida solitária as alegrias da união divina e a sublime fecundidade do apostolado. Honra a essas criaturas valorosas! . . .
P. – Porque é que liga tanta importância à prática da religião?
R. – Porque não há família verdadeiramente cristã sem um chefe de família verdadeiramente cristão. Todos hão de sofrer por causa dessa abstenção religiosa do representante de Deus no lar doméstico: a mulher, que não ousará praticar a sua religião conforme as inclinações do seu coração; e, sobretudo, os filhos.
Se a força sobrenatural não fortalece o seu coração, o marido muitas vezes, fará suas as doutrinas vergonhosas dos lares desertos, e os filhos serão contados com parcimônia. Os que virem a luz do dia, serão mal educados.
P. – A educação não é pertença da mãe que nós supomos cristã?
R. – É certo que, nos primeiros tempos, a mãe cristã poderá transmitir ao filho os seus princípios religiosos. Ajudá-lo-á a fazer uma boa primeira comunhão. Mais tarde, porém, o filho só distraidamente ouvirá as suas lições, ao passo que, pelo contrário, dará toda a atenção a essa lição de coisas homicida que será, para ele, a vida do pai. E repetirá estas palavras históricas: “o papai não frequenta a Igreja, também lá não irei.”
Eis porque, no interesse dos filhos, como no seu próprio interesse, uma mãe cristã de bom senso deve afastar de si todo o jovem que não seja já (é o mais seguro) ou não prometa solenemente ser (é o mínimo) um cristão praticante.
P. – Que deve pensar-se da escolha d’um herege para companheiro da vida?
R. – O herege deve inspirar ainda mais repulsa do que o católico afastado das práticas religiosas. A Igreja mostra tanto horror pelas uniões de hereges com católicos, que faz da heresia um impedimento do casamento.
P. – Qual a razão desse horror?
R. – Os perigos de perversão para a mulher e filhos.
P. – Haverá ainda outros motivos?
R. – Há, e são expostos magistralmente por Leão XIII na sua Encíclica Arcanum:
“Importa vigiar também afim de que se não realizem com facilidade os casamentos entre católicos e não católicos, pois, quando as almas estão separadas no terreno religioso, dificilmente poderá esperar-se que elas consigam harmonizar-se quanto ao resto. Muito mais ainda, importa evitarem-se semelhantes uniões, pela razão, sobretudo, de elas fornecerem o ensejo de se encontrarem uns e outros numa sociedade e de participarem de práticas religiosas que lhes são proibidas; são assim uma causa de perigo para a religião do esposo católico, e são um obstáculo à boa educação dos filhos, levando ainda muitas vezes os espíritos a considerarem iguais todas as religiões, sem fazerem nenhuma distinção entre a verdade e o erro.”
P. – Mas a Igreja não concede dispensas para casamentos entre hereges e católicos?
R. – Concede, mas contrariada, e por graves razões. De resto, priva esses casamentos das bênçãos solenes, mostrando bem por esta interdição, a tristeza que lhe causam semelhantes uniões, tão prejudiciais à verdadeira fé. É em virtude dos casamentos mistos que a fé católica desaparece pouco a pouco das grandes cidades da Alsacia Lorena.
P. – Como deve proceder praticamente a donzela a quem um herege peça a mão?
R. – Sendo católica, por uma terminante recusa, preferindo às dispensas que a Igreja concede a seu pesar, o cumprimento dos seus desejos bem conhecidos. Se alguma razão grave parecer legitimar essa união, deve convidar o pretendente heterodoxo a abjurar dos seus erros. Se ele recusar e persistir em querer um culto, orações e altar diferentes dos seus, deve seguir o conselho de S. Paulo, fugir dele: – Haereticum hominem post unam et secundam correptionem devita (Tito, III-10).
P. – Indicamos a condição primordial a exigir por uma donzela na escolha d’um companheiro na vida. Que deve procurar por seu turno um jovem naquela que será sua mulher?
R. – Não só a prática da religião, mas a piedade, que é o gosto das coisas de Deus. Porque, uma vez mãe, não ensinará bem a religião a seus filhos, se a não amar e cultivar.
P. – Quais são, das qualidades naturais, aquelas que deve sobretudo ter em vista?
R. – Indicaremos quatro, recomendadas muito particularmente pelo Espírito Santo nas Escrituras: o bom senso, a bondade, o amor ao trabalho e o amor ao silêncio.
P. – Porque recomenda o Espírito Santo tão particularmente estas qualidades na mulher?
R. – Recomenda: a) O bom senso, porque, como ele próprio diz, “uma mulher sensata edifica a sua casa, e uma mulher insensata por suas próprias mãos a derruba” (Prov., XIV, 1);
b) a bondade, porque “não há cólera mais forte do que a duma mulher. Preferiria viver em companhia dum leão e dum dragão a habitar com uma mulher má” (Eccles. XXV, 14, 15);
c) o amor ao trabalho, e ao trabalho manual, “porque a mulher forte pega na roca e os seus dedos agarram o fuso” (Prov., XXXI, 19);
d) o amor ao silêncio, “porque uma mulher faladora (mulier linguata) é para um marido sossegado como uma encosta de areia sob os pés dum velho” (Eccles., XXV, 27).
P. – Em que condições pode o noivo procurar uma esposa bela?
R. – Com a condição de que essa beleza não seja uma máscara enganadora, mas o reflexo duma alma virtuosa. Como em Raquel, por exemplo, tão amável quanto formosa. Que o jovem se livre de só se preocupar com a beleza, invólucro falso duma alma egoísta, vulgar e sem ideal. Seria efêmera a sua felicidade; quando murchasse a beleza, dissipar-se-ia o amor.
P. – Pode o jovem procurar um dote?
R. – Sim; pode, como já dissemos, aspirar a um dote suficiente, que lhe permita sustentar a sua casa e encarar confiadamente a perspectiva duma prole numerosa. Que não esqueça, porém, o velho provérbio: “Mais vale boa nomeada do que cama dourada”. E não se esqueça sobretudo de que a fortuna da mulher nunca substituirá no lar o afeto verdadeiro e desinteressado.
A SAÚDE E O SABER NA ESCOLHA DOS ESPOSOS
P. – Ao tratar-se da escolha, deve ter-se em grande apreço a saúde?[
R. – Sem dúvida, nenhuma, porque a saúde é um fator necessário à criação duma família.
Como poderão dar à pátria os filhos de que ela necessita e ao céu os eleitos que ele espera, uma mancebo esgotado pelo prazer e uma jovem enfraquecida pelas vigílias ou excitada pela vida febril dos salões? Há já muito tempo que o Espírito Santo disse assim: “Um corpo vigoroso vale mais do que grandes rendas. Não, não há fortuna que se compare ao tesouro d’uma boa saúde.” (Eccles., XXX, 15-16).
P. – Será necessário ligar também grande importância à ciência?
R. – À ciência religiosa necessária à salvação, sim. Às ciências profanas necessárias ao marido, ao seu emprego ou à sua carreira, também. Por seu turno, o homem, na escolha que fizer, procurará aliar-se a uma mulher culta, que seja capaz de o acompanhar e compreender – se, deixando por um momento a vida vulgar, lhe agrade subir às regiões do espírito e da arte; mas que se livre da mulher sábia.
Oubllant que son rôle est d’être á son ménage,
Qu’on vir de bonne soupe et non de beau langage.
Os diplomas indispensáveis no la a uma jovem esposa são estes dois: um elementar, o diploma da amabilidade; o outro, superior, o da dedicação.
P. – Qual deve ser o estado d’alma ao procurar o companheiro ou a companheira para toda a nossa vida?
R. – Di-lo o Catecismo Romano nos seguintes termos: “Importa ter bem diante dos olhos que se não vai empreender uma obra humana, mas sim, uma obra divina. Neque enim se humanam aliquam rem aggredi, sed divinam putare debent” (De Matrim., 56).
EXTRATO
Uma página de Tertuliano. – Que aliança a de dois cristãos que suportam o mesmo jugo, reunidos por uma mesma esperança, por uma mesma disciplina, por uma mesma servidão! Ambos eles são irmãos, ambos servos do mesmo Senhor, não formando mais do que um só espírito e uma só carne. Rezam juntos, ajoelham-se uma ao outro, suportando-se também mutuamente. Vão juntos à Igreja de Deus e ao banquete divino. Nenhum segredo a guardar ou a surpreender. Não têm que ocultar-se um do outro para visitar os doentes, ou assistir aos pobres. Dão as suas esmolas sem discussões, fazem os seus sacrifícios sem escrúpulos, realizam as suas práticas sem dificuldades. Não há em sua casa sinais da cruz feitos a medo, nem felicitações receosas, nem ações de graças mudas. Recitam juntos os hinos e os salmos; a sua única rivalidade é a de quem melhor cantará os louvores do Senhor. (TERTULLIANO, Ad uxor., II liv.).
A página d’um Bispo. – Mas ah! senhores, em que se tornou o lar doméstico?! Que fizemos nós desta obra de Deus, desta unidade plena e perfeita? Ainda se unem os seres exteriores, principalmente os dotes. Toma-se uma balança, e pesam-se dois sacos de escudos. É, em muitas famílias, a única harmonia, que eu conheço. Quem pensa, porém, em unir as almas?
A mãe crê; o pai não crê.
A mãe reza e adora; o pai nem reza nem adora.
Não se tocaram nunca as partes sublimes das suas almas. Que triste união é esta! (Mgr. Bougaud, Le Christianisme et les temps présents, t. I, cap. IV, pag. 164).
A página d’um acadêmico. – Só poderei amar verdadeiramente, disse Maria Limerel a seu primo Feliciano, aquele que me der o amor que sonhei . . .
– Entusiástico? Ardente? Respeitoso? o meu amor por ti, Maria, é tudo isto.
– Quero mais, muito mais.
– Que seja então puro? Ah! tu interroga-me acerca do meu passado de rapaz? Tu vês crimes em infidelidades que, asseguro-te, não são numerosas.
– Enganas-te . . . Eu perdoaria talvez àquele que me pedisse o esquecimento de . . .
– Dizes só – talvez? . . .
– Sim, não tenho por ora que resignar-me. Não sei. mas o que eu acima de tudo quero é que não haja entre nós dois, entre ele e mim, pensamentos que nos separem; é que só tenhamos uma alma, ele e eu . . .
– Ah! chegamos ao ponto! Eu tremo, Maria, à ideia de que me pelas que me assemelhe muito a ti!
– És ainda cristão? Temos nós a mesma fé? Compreende bem o que eu quero dizer. Sei que continuas a ir à Missa, e que acompanharias lá tua mulher; vejo que, por tradição de família, tu és, tu te conservas por enquanto respeitador da ideia católica, das cerimônias, das práticas . . . Mas ser respeitador, meu amigo, não é bastante, não é viver a fé como eu quero vivê-la. Sofro por te falar assim, sou dura para mim mesma. Todavia, eu teria uma tal desilusão se meu marido não rezasse comigo, não recebesse o meu Deus, não se inspirasse, para o menor dos seus atos, nesta fé que é, verdadeiramente, todo o meu ser . . . Tu achas-me bela, e isso comove-me. Mas há outras que igualmente o são. Porque vieste? O que tu amas em mim, Feliciano, creio bem que será essa formosura . . .
– É possível. Há mistério em ti, Maria.
– Não; há apenas uma juventude protegida, uma vontade que seria fraca em si mesma, mas que, desde a infância, tem sido fortalecida e dirigida nobremente, com uma ternura admirável. Vejo tantas ruínas em volta! Sinto que arriscaria a minha alma e a minha felicidade com a maior parte dos homens . . . Quereria . . . Não zombas de mim . . .
– Não, pelo contrário, dize: que eu aprecie, ao menos, o paraíso da tua alma! Prometi responder. Que querias tu?
– Que o meu casamento fosse alguma coisa de eterno. Creio serem medíocres aqueles que se não sentem chamados para uma vida matrimonial d’uma duração sem fim. Penso que uma família que se funda tem uma irradiação infinita, antes e depois de ti. Quereria ser a mãe d’uma raça santa.
– Serias digna dela, Maria. Mas . . . que obra mais bela do que a de reconduzir a Deus o homem que escolhesses?
– Hoje, Feliciano, isso é quase impossível. Teria que lutar contra o mundo inteiro. Não o conseguiria.
– Não obstante, Mariazinha, as virgens cristãs desposavam os pagãos!
– Viam-se constrangidas a isso. Além de que esses pagãos tinham desculpa,. ignoravam a verdadeira vida.
– E nós?
– Os de hoje são cristãos acobardados. Estou certa disso, sei-o antes de o ter experimentado.
A crença não reverdece na água pura como uma haste de lilás. – (R. Bazin, La Barrière, II parte, pag. 142-148).
Catecismo do Matrimônio por P. Joseph Hoppenot, S. J., Obra aprovada por 48 cardeais, arcebispos e bispos de França e Bélgica, 1928.
(1) Ocupamo-nos principalmente neste capítulo da escolha do companheiro, por serem maiores e em maior número as dificuldades quando se trata do noivo. No entanto, um jovem cristão praticante pode perfeitamente, quando trate de escolher a sua futura, aplicar a si tudo quanto aqui dizemos.
Última atualização do artigo em 5 de janeiro de 2025 por Arsenal Católico