Tríduo de São José por um enfermo

I.

As enfermidades entram muitas vezes nos adoráveis planos da sabedoria divina. Sob a violência de seus golpes, o homem entra mais facilmente em si, e considera, que é pó, e que ao pó um dia tornará; e então aprende melhor a desprender-se dos precários bens deste mundo, onde tudo é vaidade e inquietação.

Glorioso Patriarca São José, fazei que o pobre enferno por quem vos rogamos, compreenda bem e pratique esta grande verdade que por vossa intercessão alcance de Deus a graça da saúde, afim de que, socorrido por vós, diga com reconhecimento: servirei sempre a Deus que é tão bom e tão poderoso!

Pai Nosso… Ave Maria… Gloria Patri.

II.

As enfermidades nos revelam traços eloquentes da misericórdia divina. Quantas vezes, entre os males do corpo, dissipa-se ante nosso espírito a nuvem que esconde os males da alma! Oh! como nessas horas o coração se torna sensível às exprobrações da consciência, dócil às inspirações do céu, e decidido à prática da virtude cristã!

Glorioso S. José, fazei que o enfermo por quem vos rogamos, deteste eficazmente suas faltas, corrija seus defeitos, e seja para sempre fiel a seus deveres. Que no mesmo tempo vosso poderoso patrocínio restitua-lhe a saúde, a fim de que, contente e reconhecido, ele proteste: invocarei sempre a São José que tudo pode com a sua intercessão.

Pai Nosso… Ave Maria… Gloria Patri.

III.

As enfermidades são sempre acompanhadas dos cuidados da bondade divina. Aquele que sabe amar, também corrige e castiga; e a mão que bate, é muitas vezes a de um pai extremoso. Convencidos de que o Senhor nunca lhes retira o amor, os Santos sofrem as enfermidades não só com paciência e resignação, mas até com alegria e entre ações de graças; e assim suas almas purificam-se, como o ouro no cadinho, e fazem progressos na perfeição e na santidade.

Glorioso São José, fazei, que o enfermo por quem vos rogamos, aproveite-se de seus sofrimentos para adquirir maiores méritos, para santificar-se cada dia mais e para melhor satisfazer à justiça divina. Mas, fazendo-o progredir na virtude, obtende-lhe a cura que ele espera de quem dá a morte, mas também vivifica; e que não permita o Senhor Onipotente sejam contínuas e sem termo as tribulações, quando as alegrias e consolações não o são.

Lembrai-vos, ó grande Santo, de que tendes em vossos braços o Menino Jesus, e vede que, ainda quando parece dormir ao vosso peito, seu coração vela e escuta as vossas orações. Sim, nós sabemos todos, para nossa viva consolação, que o vosso valimento é poderosíssimo, porque as súplicas que dirigirdes ao Filho de Deus, são irresistíveis para aquele que vos elegeu seu Pai adotivo.

Pai Nosso… Ave Maria… Gloria Patri.

℣. Rogai por nós, bem-aventurado São José,

℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oração

Senhor, Deus Onipotente, salvação eterna dos que creem e confiam em Vós, socorrei ao vosso servo enfermo, em favor de quem imploramos a mediação do ínclito São José, de modo que, recobrando a saúde e a paz, ele Vos renda contínuas graças, e Vos sirva fielmente no grêmio da Igreja. Amen.

Adoremus – Manual de Orações e Exercícios Piedosos por D. Frei Eduardo José Herberhold O.F.M, 1929.

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