Na gruta de Belém, durante a noite de Natal, a Virgem Santíssima teve a felicidade de dar ao mundo Jesus, o Verbo Incarnado. O acontecimento realizou-se no silêncio da noite. Na ocasião só os pastores foram avisados.
Em Jerusalém e mesmo em Belém a população não dispensou atenção nenhuma ao nascimento do Menino-Deus.
Quando o sacerdote dá Jesus ao mundo no sacramento da Eucaristia, só um pequeno número de adoradores está presente. A multidão dos que ignoram os benefícios da presença sacramental do Salvador, acha-se longe, toda entregue a seus negócios ou a seus prazeres. Ora, Jesus, nascido em um estábulo, salvou e transformou o mundo. Em nossos dias, a Eucaristia, oferecida pela mão do sacerdote, dá ao mundo a possibilidade de aproveitar da Redenção…
Pairando acima da da gruta de Belém, os anjos cantaram: “Glória a Deus nas alturas e paz, na terra, aos homens de boa vontade.”
O sacerdote exerce a função dos anjos, e repete, na terra, a seu modo, o canto do Natal: “Paz aos homens que querem seguir o Evangelho, o Evangelho de Jesus, que prega o amor em lugar do ódio; que, em lugar do desespero, ensina a resignação; que mostra a beleza do sacrifício e do trabalho; e que promete a recompensa do céu após as provações da terra.
Como os anjos o sacerdote apela para a Redenção.
O Apelo de Cristo aos Pescadores de Almas, À Margem do Catecismo, Abbe Quinet, 1937.