1. Que contraste entre Pilatos e Jesus! Aquele, revestido de todo o brilho de seu cargo, está presidindo à sessão; Jesus, ligado e escoltado por vis soldados e algozes, é o acusado. Muitas vezes na terra a injustiça é exaltada, enquanto o amigo de Deus sofre. Só na eternidade vai mudar de face a cena, recebendo castigo o mau, prêmio o bom. Longe de desânimo, espera, pois, pacientemente e imita na terra teu Jesus em sua divinal humildade.
2. a) “Responderam os pontífices: Não temos rei senão o Cesar“. Os pontífices, que jamais se queriam confessar súditos romanos, agora o fazem por ódio a Jesus, ao qual preferem o imperador. Rejeitavam a liberdade verdadeira que Jesus lhes oferecia, para abraçar o jugo romano. Não preferes nunca criaturas, ou alguma afeição, a teu Deus?
b) “Então, finalmente, lh’os entregou para que fosse crucificado“. Quão repugnante injustiça! Pilatos tinha reconhecido e confessado a inocência de Jesus e não obstante isso mandou açoitá-lo e agora até crucificá-lo. Quanto não sofreu o pobre Jesus! Já lhe pediste que te perdoe? Imitas sua resignação?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.