Comunhão espiritual

Dulcíssimo Jesus meu, já que não Vos posso receber sacramentalmente, vinde ao menos espiritualmente ao meu coração. Eu Vos abraço como se realmente Vos possuísse, uno-me inteiramente a Vós; não permitais me separe jamais de Vós.

Quanto me seria doce, ó meu amável Salvador, ser do número dos felizes cristãos, a quem a pureza de consciência e terna piedade permitem aproximar-se todos os dias da Vossa santa mesa!

Que vantagem para mim se pudesse neste momento possuir-Vos no meu coração, render-Vos nele as minhas homenagens, expor-Vos as minhas necessidades, e participar das graças que dispensais àqueles que Vos recebem realmente! Mas, já que sou muito indigno, supri, ó meu Deus, a indisposição da minha alma. Perdoai-me todos os meus pecados: eu os detesto de todo o meu coração, porque Vos desagradam. Recebei o desejo sincero que tenho de me unir a Vós. Purificai-me com um só olhar Vosso e ponde-me em estado de Vos poder receber quanto antes, com as devidas disposições.

Esperando este dia feliz, eu Vos conjuro, Senhor, fazei-me participante dos frutos que a comunhão do sacerdote deve produzir em todo o povo fiel, presente a este sacrifício. Aumentai a minha fé pela virtude deste divino Sacramento; fortificai a minha esperança; aperfeiçoai em mim a caridade; enchei o meu coração do Vosso amor, a fim de que só a Vós ame e só por Vós respire. Assim seja.

As Mais Belas Orações de Santo Afonso, Coordenadas pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista e vertidas para o vernáculo por D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes, 1961.

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