A inveja – Frei Sinzig

1. Deus, o Senhor de todas as coisas, distribui seus bens segundo Ele quer. Não é arrogância, pois, invejar os do próximo? O mero desejo de gozar bens semelhantes é natural e perdoável. Este desejo, porém, começa a ser pecaminoso, quando voluntariamente cede a movimentos de inveja, que mais e mais inquietarão o coração até envenená-lo completamente. Vício ignóbil! Pela inveja do demônio entrou a morte no mundo, e, ainda agora, o demônio, por inveja, leva os homens à rebelião contra Deus. Foge do vício que te faz semelhante a Satanás!

2. Este vício faz desejar tudo: a um o talento, a nobre origem, a habilidade, a outros os bens, a estima e até a virtude. O invejoso considera como prejuízo seu o que o próximo tem de bom. Vício execrando! Pela inveja jamais possuirás o que outros tem, antes prejudicas-te a ti mesmo pela tristeza indigna e pela insaciabilidade! Vício prejudicial ao corpo e à alma. Rouba a paz e a energia, fomenta injustiças e juízos maus, aconselha outros vícios. Pela inveja de Caim, a terra foi inundada de sangue de irmãos; pela inveja dos fariseus, Jesus foi preso e morto. Tanto obceca este vício!

Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.

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